quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Ser baixinho é bom para a saúde, mostra estudo


Ser baixinho é bom para a saúde. De acordo com um  estudo, publicado no periódico científico Circulation: cardiovascular Genetics, quem tem baixa estatura corre um risco 69% menor de ter trombose venosa profunda, condição em que coágulos de sangue (trombos) se formam e impedem o fluxo sanguíneo nas veias. O deslocamento desses coágulos podem alcançar artérias do pulmão, provocando a embolia pulmonar.

Problemas de altura

Os cientistas ainda não sabem o motivo dessa relação, mas segundo as teorias deve-se ao fato de que as pernas, parte do corpo em que os trombos ocorrem com mais frequência, são mais curtas em pessoas mais baixas – o que tornaria o surgimento dos coágulos mais raro. “Indivíduos mais altos possuem veias mais longas, ou seja, há uma área superficial maior para esses problemas ocorrerem”, disse ao CBS News Bengt Zoller, principal autor do estudo. “Há também maior pressão gravitacional nas veias das pernas de pessoas mais altas, o que pode aumentar o risco do fluxo sanguíneo desacelerado ou interrompido.”

O estudo

No estudo, pesquisadores da Universidade Lund, na Suécia, utilizaram dados de mais de 2 milhões de pessoas. Para evitar conflitos de fatores genéticos e ambientais, entre os próprios participantes haviam pessoas da mesma família. A equipe de pesquisa descobriu que os homens com menos 1,60 metro tinham 65% menos risco de desenvolver trombose do que aqueles com 1,80m ou mais. Entre as mulheres, o risco caiu 69% para aquelas com menos de 1,55 metro em relação as com 1,80m ou mais.

Trombose

Altura não é algo que uma pessoa pode controlar, mas, para os cientistas, o estudo ajuda a entender a condição e suas tendências. “A altura da população tem aumentado com o passar dos anos, e continua a aumentar, o que pode ter contribuído para o aumento da incidência de trombose”, explicou Zoller.
Ficar sentado por muito tempo pode ser um agravante, independente da altura. “Evitar a desidratação e aumentar a caminhada, principalmente durante períodos de risco, como viagens longas, podem ajudar a evitar o problema”, alertou Maja Zaric, cardiologista no Hospital Lenox Hill, em Nova York, nos Estados Unidos.
O  estudo, entretanto, possui algumas limitações. Os pesquisadores disseram que não foram capazes de considerar fatores como estilo de vida da infância dos participantes, dieta, atividade física e se os pais fumavam ou não.

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