Boletins de ocorrência tem sido registrados diariamente na delegacia de Tauá, por pessoas que foram vítimas do golpe do falso advogado, do falso Juiz, do falso promotor e até falso representante da Justiça Federal.
As quadrilhas usam credenciais de advogados para acessar os sistemas online da Justiça, aonde grande parte dos processos judiciais são eletrônicos. Nesses sistemas, dados das partes envolvidas, como telefones e e-mails, ficam expostos em processos que não correm em segredo de justiça. Com essas informações, os criminosos miram nos valores que a vítima está prestes a receber.
Só nos três últimos boletins registrados em Tauá, os golpes ultrapassaram o valor de R$ 40.000,00.
Um golpista inicia conversa se passando por um advogado, solicita dados bancários dizendo que é para receber o depósito da causa que foi ganha e ainda repassa a ligação para falsos promotores, juízes, etc. Na posse dos dados das contas, eles fazem empréstimos, sacam o limite de saque, repassando imediatamente para outras contas. Os números dos telefones usados geralmente tem o DDD 88, com foto do advogado e de outras supostas autoridades nos perfis.
Advogados e especialistas dão orientações cruciais para não cair no golpe. A principal dica é: desconfie de qualquer contato por mensagem ou ligação. “A orientação sempre é: ligue para o seu advogado. Recebeu alguma ligação, alguma mensagem, ligue para o seu advogado”. Outro ponto é a urgência, o processo judicial demora meses, anos. A forma de pagamento é o principal alerta. O Poder Judiciário não utiliza PIX ou boletos bancários para liberar valores. “O pagamento do processo judicial, ele é depositado em juízo e após o depósito em juízo, é gerado o alvará de pagamento”. A vítima só recebe o dinheiro por meio desse alvará. A recomendação final é nunca clicar em links nem fazer pagamentos sem antes confirmar diretamente com o advogado, de preferência por um número que o cliente já tenha salvo.
Repórter Edy Fernandes 
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