quarta-feira, 21 de maio de 2025

Tauá continua entre as cidades com potencial de consumo superior a R$ 1 bilhão


Os cearenses devem movimentar cerca de R$ 241 bilhões ao longo de 2025 em serviços e compras, um avanço de 20,5% em relação ao ano anterior, quando o potencial de consumo do Estado foi de R$ 200 bilhões.

Neste ano, o Ceará é o décimo estado entre os entes federativos do Brasil, e o terceiro do Nordeste, com maior potencial de consumo, segundo levantamento do IPC Maps, divulgado com exclusividade ao Diário do Nordeste.

Fortaleza é a cidade que concentra o maior potencial de consumo, cerca de R$ 96,27 bilhões. Em seguida, estão Caucaia (R$ 10,4 bilhões), Juazeiro do Norte (R$ 7,8 bilhões), Maracanaú (R$ 6,4 bilhões) e Sobral (R$ 5,9 bilhões).
 
Número de cidades com potencial bilionário aumenta no Ceará

O número de cidades cearenses com potencial de consumo superior a R$ 1 bilhão subiu de 30 municípios em 2024 para 34 em 2025. Brejo Santo, Acaraú, Beberibe e Trairi ultrapassaram a marca de potencial de consumo bilionário neste ano.

A habitação é o item que deve demandar mais dinheiro dos cearenses: cerca de R$ 47 bilhões. Também se destacam os gastos com alimentação no domicílio (R$ 25 bilhões), veículo próprio (R$ 22 bilhões) e alimentação fora do domicílio (R$ 11 bilhões).

A participação do Ceará no potencial de consumo do Brasil cresceu em relação a 2024 - a porcentagem cearense saiu de 2,74% para 2,96%. Marcos Pazzini, especialista do IPC Maps, destaca o aumento real dos valores de potencial de consumo cearense.

“O Ceará teve um aumento dos valores de potencial de consumo de 7,09%. A gente pega o potencial de consumo do Brasil em 2025, que é de R$ 8 trilhões, aplicado a participação que o Ceará teve no ano passado e chego a R$ 225 bilhões (valor real). Comparando com o quanto vai ser neste ano, vemos um crescimento de R$ 16 bilhões no potencial da população”, aponta.

O avanço nas expectativas de consumo da população está relacionado aos baixos níveis de desemprego, segundo Marcos Pazzini. Com a renda constante, os brasileiros têm mais segurança para consumir e assumir compras a prazo.

“No ano passado, o crescimento do PIB foi na ordem de 3% e o consumo das famílias cresceu quase 5%. Isso mostra que a economia brasileira tem crescido mais as custas do aumento do consumo da população”, opina.

O especialista comenta que os estados do Nordeste são beneficiados também pelo turismo alavancado. “Temos desde o ano passado uma desvalorização grande do real, então os viajantes brasileiros estão privilegiando ficar no país. Então o Nordeste se beneficia disso e também se beneficia de turistas estrangeiros”, aponta.
 
INTERIORIZAÇÃO DO POTENCIAL DE CONSUMO

Fortaleza é a sétima cidade brasileira com maior potencial de consumo. Os moradores da capital cearense gastam principalmente com habitação (R$ 20,9 bilhões), veículo próprio (R$ 11,2 bi) e alimentação no domicílio (R$ 10,5 bi).

O potencial de consumo fortalezense corresponde a 1,18% do total brasileiro. O levantamento do IPC Maps identifica que pode haver uma queda na participação da Capital, devido a uma interiorização.

As capitais dos municípios estão perdendo participação e o interior ganhando, devido à maior atração de investimentos, empresas que saem de grandes centros, onde os custos são muito altos. Então está havendo uma interiorização”, explica Marcos Pazzini.

O fenômeno pode explicar o crescimento do potencial de consumo de cidades fora da região metropolitana.
 
VEJA RANKING DE CIDADES COM MAIOR POTENCIAL DE CONSUMO DO CEARÁ

FORTALEZA: R$ 96,2 bilhões
CAUCAIA: R$ 10,4 bilhões
JUAZEIRO DO NORTE: R$ 7,8 bilhões
MARACANAÚ: R$ 6,4 bilhões
SOBRAL: R$ 5,9 bilhões
CRATO: R$ 4 bilhões
IGUATU: R$ 2,9 bilhões
MARANGUAPE: R$ 2,5 bilhões
ITAPIPOCA: R$ 2,5 bilhão
EUSÉBIO: R$ 2,3 bilhões
RUSSAS: R$ 2 bilhão
PACATUBA: R$ 2 bilhão
BARBALHA: R$ 1,9 bilhão
QUIXADÁ: R$ 1,9 bilhão
AQUIRAZ: R$ 1,9 bilhão
CRATEÚS: R$ 1,8 bilhão
HORIZONTE: R$ 1,8 bilhão
LIMOEIRO DO NORTE: R$ 1,8 bilhão
QUIXERAMOBIM: R$ 1,7 bilhão
ARACATI: R$ 1,7 bilhão
ITAITINGA: R$ 1,7 bilhão
PACAJUS: R$ 1,7 bilhão
TIANGUÁ: R$ 1,7 bilhão
CASCAVEL: R$ 1,6 bilhão
CANINDÉ: R$ 1,6 bilhão
MORADA NOVA: R$ 1,3 bilhão
TAUÁ: R$ 1,2 bilhão
ICÓ: R$ 1,2 bilhão
BREJO SANTO: R$ 1,2 bilhão
CAMOCIM: R$ 1,2 bilhão
SÃO GONÇALO DO AMARANTE: R$ 1,2 bilhão
ACARAÚ: R$ 1,2 bilhão
TRAIRI: R$ 1 bilhão
BEBERIBE: R$ 1 bilhão

Fonte: Diário do Nordeste 

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