Uma em cada três cidades brasileiras tem mais motos registradas do que qualquer outro tipo de veículo motorizado.
Segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) de setembro de 2023:
Em 1.903 cidades, a moto é o veículo mais registrado.
Em 3.665, o carro fica no topo da lista.
Em apenas uma, Carmésia (MG), o ônibus lidera. A distorção é decorrente da existência de uma empresa de viagem de ônibus no local, o que aumenta o número de registros de emplacamento desse tipo de veículo por lá.
Além de carros e motos, os dados da Senatran consideram também caminhonetes, caminhões e outros tipos de veículos.
CARRO POPULAR SUMIU - analista do setor e ex-diretor de montadoras como Ford e Volkswagen, Flavio Padovan ressalta que o preço dos carros subiu e o carro popular "sumiu" do mercado. "Nós já chegamos a ter 3,5 milhões de veículos vendidos [carros comerciais leves] por ano, e hoje estamos rodando em 2 milhões. Ou seja, 1,5 milhão de consumidores sumiram", afirmou ele. Conforme a Bright Consulting, de 2016 até agora o preço médio dos veículos vendidos no brasil subiu de R$ 19 mil em 2016 para R$ 138,6 mil em 2023.
PLATAFORMAS DIGITAIS - aplicativos de entrega também são citados como um dos responsáveis pelo atual cenário. "Principalmente durante e após a pandemia [de Covid-19], notamos um aumento significativo do licenciamento de motos, principalmente devido aos serviços de logística de last mile [etapa final, em que produto é entregue ao cliente] e entregas de comida e pequenos objetos", avalia Paulo Miguel Júnior, conselheiro gestor da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA).
Situação dos Municípios da região:
Em 1.903 cidades, a moto é o veículo mais registrado.
Em 3.665, o carro fica no topo da lista.
Em apenas uma, Carmésia (MG), o ônibus lidera. A distorção é decorrente da existência de uma empresa de viagem de ônibus no local, o que aumenta o número de registros de emplacamento desse tipo de veículo por lá.
Além de carros e motos, os dados da Senatran consideram também caminhonetes, caminhões e outros tipos de veículos.
As motos são ainda mais populares no Norte do país. Na região, 8 em cada 10 cidades têm mais motos registradas do que carros ou qualquer outro veículo. No Nordeste, 7 em cada 10 motos.
O número de motos registradas no Brasil cresceu mais de 5 vezes nos últimos 20 anos: de 5,7 milhões de veículos em 2003, saltou para 21,9 milhões em 2013 e para 32,3 milhões em 2023 (até setembro).
A quantidade de carros também subiu, mas em um ritmo menor. De 26,6 milhões para 76,3 milhões – quase triplicou, portanto
Essa diferença fez com que as motos passassem de 16% da frota de veículos automotores (em 2003) para quase 28% (em 2023).
Em números absolutos, porém, o Brasil continua a ter mais carros do que motos: 64% da frota brasileira ainda é de quatro rodas.
Com a orientação de especialistas, o g1 considerou como "carros" os veículos que estavam registrados no banco de dados como "Automóvel", "Caminhonete", "Caminhoneta" e "Utilitário".
Os registros "Motocicleta", "Motoneta", "Ciclomotor" e "Triciclo" foram considerados como "motos".
Para especialistas ouvidos pelo g1, três fatores estão por trás do aumento da proporção de motos na frota brasileira
COMPRAR MOTO SAI MAIS BARATO - o pesquisador do Instituto de Pesquisa Avançada (Ipea) Rafael Pereira afirma que aumento da renda nas últimas décadas criou o contexto ideal para a compra de motos. "A população de classe baixa quer sair do transporte público e tem duas opções: ou compra carro ou compra moto. Como a moto é mais barata, acaba sendo mais atraente para uma parcela dessa população", disse.
O número de motos registradas no Brasil cresceu mais de 5 vezes nos últimos 20 anos: de 5,7 milhões de veículos em 2003, saltou para 21,9 milhões em 2013 e para 32,3 milhões em 2023 (até setembro).
A quantidade de carros também subiu, mas em um ritmo menor. De 26,6 milhões para 76,3 milhões – quase triplicou, portanto
Essa diferença fez com que as motos passassem de 16% da frota de veículos automotores (em 2003) para quase 28% (em 2023).
Em números absolutos, porém, o Brasil continua a ter mais carros do que motos: 64% da frota brasileira ainda é de quatro rodas.
Com a orientação de especialistas, o g1 considerou como "carros" os veículos que estavam registrados no banco de dados como "Automóvel", "Caminhonete", "Caminhoneta" e "Utilitário".
Os registros "Motocicleta", "Motoneta", "Ciclomotor" e "Triciclo" foram considerados como "motos".
Para especialistas ouvidos pelo g1, três fatores estão por trás do aumento da proporção de motos na frota brasileira
COMPRAR MOTO SAI MAIS BARATO - o pesquisador do Instituto de Pesquisa Avançada (Ipea) Rafael Pereira afirma que aumento da renda nas últimas décadas criou o contexto ideal para a compra de motos. "A população de classe baixa quer sair do transporte público e tem duas opções: ou compra carro ou compra moto. Como a moto é mais barata, acaba sendo mais atraente para uma parcela dessa população", disse.
CARRO POPULAR SUMIU - analista do setor e ex-diretor de montadoras como Ford e Volkswagen, Flavio Padovan ressalta que o preço dos carros subiu e o carro popular "sumiu" do mercado. "Nós já chegamos a ter 3,5 milhões de veículos vendidos [carros comerciais leves] por ano, e hoje estamos rodando em 2 milhões. Ou seja, 1,5 milhão de consumidores sumiram", afirmou ele. Conforme a Bright Consulting, de 2016 até agora o preço médio dos veículos vendidos no brasil subiu de R$ 19 mil em 2016 para R$ 138,6 mil em 2023.
PLATAFORMAS DIGITAIS - aplicativos de entrega também são citados como um dos responsáveis pelo atual cenário. "Principalmente durante e após a pandemia [de Covid-19], notamos um aumento significativo do licenciamento de motos, principalmente devido aos serviços de logística de last mile [etapa final, em que produto é entregue ao cliente] e entregas de comida e pequenos objetos", avalia Paulo Miguel Júnior, conselheiro gestor da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA).
Situação dos Municípios da região:
Em Tauá o veículo mais comum: moto, que equivale a 68.35% da frota do município.
Em Mombaça é 66,87%
Parambu 71,93%
Arneiroz 72,46%
Aiuaba 75,15%
Independência 70,05%
Quiterianópolis 77,01%
Fonte: g1 com foto de Marcelo Camargo, agência Brasil
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