quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Audiência tira dúvidas sobre suposto surto da Síndrome de Haff (a doença da urina preta)

 

Na última terça-feira (5), a Secretaria de Desenvolvimento Agrário recebeu o gerente de Inspeção e Fiscalização da Pesca e Aquicultura da Adagri, Antônio Albuquerque. O objetivo da audiência com os secretários de Desenvolvimento Agrário, De Assis Diniz, e de Pesca e Desenvolvimento Agrário, Thiago Sá Ponte, foi dirrimir dúvidas sobre um suposto surto da Síndrome de Haff, a “doença da urina preta”, no Estado.

A informação já foi desmentida pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS). O órgão da Secretaria de Saúde investiga apenas nove casos suspeitos e ainda não houve qualquer confirmação de que os casos estão mesmo relacionados à Síndrome. A doença é causada por uma toxina encontrada em peixes, como tambaqui, badejo e arabaiana, ou crustáceos, acondicionados de forma inadequada.

Ao ingerir o produto, mesmo cozido, a toxina provoca a destruição das fibras musculares esqueléticas e libera elementos de dentro dessas fibras no sangue, ocasionando danos no sistema muscular e em órgãos como os rins. “Por se tratar de um evento de Saúde Pública, todo caso suspeito de Síndrome de Haff, necessita ser notificado ao CIEVS e monitorado com objetivo de se identificar a etiologia envolvida”, orientou Antônio Albuquerque.

“É necessário a investigação de exposição alimentar, se houve consumo de crustáceos e peixe. No caso de ingestão de peixe ou crustáceos, perguntar sobre sobras do alimento. Caso a família tenha guardado o alimento, avisar à vigilância epidemiológica do município para a articulação de coleta”, complementa a nota técnica do CIEVS, recomendando notificação em até 24h a partir da suspeita inicial.

As eventuais suspeitas dos casos precisam ser encaminhadas para o endereço eletrônico: cievsceara@gmail.com, ou pelos telefones: (85) 3101-4860 / (85) 98724-0455. Também participaram da audiência, a coordenadora da Pesca e Aquicultura Familiar, Julianna Albuquerque; de pescadores artesanais e da equipe da Anvisa.

Fonte: SDA

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