domingo, 9 de maio de 2021

Tauaense Viviane Sucuri planeja retorno ao octógono depois de ser mãe

 

A maternidade é um período cheio de desafios na vida da mulher. Medo, ansiedade e muita expectativa são alguns dos sentimentos que persistem desde a descoberta. A lutadora cearense Viviane Sucuri, ex-UFC, passa por essa etapa da vida. Há um ano, quando descobriu que estava grávida, a princípio foi um susto, já que Sucuri se preparava para cumprir a agenda do INVICTA (Organização norte americana de artes maciais mistas que promove apenas o MMA feminino). No auge dos treinamentos, ela precisou dar uma pausa. Sucuri participou do PodCast Elas no Esporte e relatou o atual momento vivido.

Além do medo, das incertezas, Viviane teve que lidar com um problema recorrente entre atletas: a falta de patrocínio. Com a descoberta da gravidez, a lutadora cearense perdeu todos os apoios financeiros que a auxiliavam na carreira. A ajuda da família e dos amigos foi essencial para superar essa situação.

RETORNO

A cearense teve que conciliar o retorno dos treinos com a maternidade. Durante os treinamentos, machucou o ombro e terá que passar por um procedimento cirúrgico. Como não tem plano de saúde, a lutadora espera pelo SUS e ainda conta com a ajuda de familiares, já que a cirurgia gira em torno de R$ 12 mil. "Tive que voltar a fazer a vaquinha virtual. Meus amigos estão organizando uma campanha para arrecadar o valor da cirurgia", finaliza.

Enquanto isso, vai treinando na academia de amigos, para fortalecer, já que rompeu o tendão do ombro. “Por incrível que pareça, uma atleta renomada como eu ainda passa por situações como essa. Mesmo você mostrando todos os resultados, ainda não tem essa credibilidade. Eles alegam dificuldade, que por enquanto não dá certo, pedem pra esperar um pouco mais na frente”, relata. Para a atleta, a gravidez foi um dos motivos que ocasionaram a falta de apoio no esporte.

Apesar de todas as dificuldades, a cearense se orgulha do pequeno Ravi e já garante que independentemente de voltar aos octógonos, já tem a maior conquista. “O maior troféu que eu pude receber está do meu lado”, comenta a atleta, se referindo ao filho.

RETORNO AO UFC

Viviane segue com contrato ativo com a Invicta FC, mas não voltou a lutar. Mesmo com todas as dificuldades, a cearense segue confiante e coloca como meta o retorno ao UFC. “Eu acho que falta pouco para eu conseguir. Eu preciso fazer umas lutas no Invicta bem empolgantes, que chamem atenção. Ou então pegar a cinta. Se eu tivesse voltado agora, eu iria pegar. Mas vou fazer de tudo, voltar ainda mais focada do que antes para alcançar meus objetivos. Com o pensamento no meu filho, que eu possa dar tudo de melhor pra ele e pra minha família”, ressalta.

Natural de Tauá, a atleta estreou no UFC em dezembro de 2016, com 23 anos. Ela é a única cearense na categoria feminina com passagem pelo UFC (Ultimate Fighting Championship). Em disputas, a lutadora superou Duda Yancovich, Poliana Botelho e Valerie Letourneau.

Saiu da competição após duas derrotas consecutivas. Agora ela tenta retornar ao maior palco de lutas do mundo.

“Eu me sinto uma vitoriosa por ter chegado onde cheguei, com todas as minhas dificuldades. Espero chegar ainda mais longe. Eu acho que represento muito para as meninas, recebo muitas mensagens falando que sou inspiração. Isso me motiva e é uma responsabilidade muito grande”, relata.

Fonte: Diário do Nordeste

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