quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Representantes do agro buscam menores preços do milho no CE

 


Diante da dependência dos pequenos e médios produtores cearenses do milho vendido pelo programa Venda no Balcão da Companhia Nacional de Abastecimento, o superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Ceará, Neto Holanda, articula uma nova política de preços para o Estado, buscando valores mais justos.

Por não ser grande produtor do grão, mas possuir alta demanda para compor ração dos animais, o Estado é dependente do milho proveniente de outros entes federados, principalmente através da Conab. Os produtores assistidos, no entanto, têm apontado sucessivos aumentos no preço da saca, acompanhando a tendência do mercado.

"Nós temos enfrentado um problema grave de falta de milho nos armazéns da Conab e relativo ao preço também. A Conab não pode mais basilar o preço do milho de acordo com mercado. É uma empresa pública, o programa é uma política pública. Tivemos uma reunião para buscar uma nova política de preços do milho da Conab para o Ceará", ressalta Holanda.

O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec), Flávio Saboya, explica que os aumentos da Conab têm sido incentivadores do encarecimento da saca de milho no mercado. Segundo ele, quando o órgão iguala o valor à média praticada fora do programa, os comerciantes são estimulados a aumentar ainda mais. "A Conab tem que entrar para regularizar o preço", diz.

Reabastecimento

Em nota, a Conab revelou que a partir da próxima semana vai disponibilizar 4,5 mil toneladas do grão no Ceará, abastecendo Crateús (2 mil t), Sobral (1 mil t) e Tauá (1,5 mil t). Ainda está marcado para 17 de agosto leilão que destinará mais 2,4 mil t de milho para o Estado, contemplando Iguatu e Morada Nova.

"O desabastecimento, em três das dez unidades, ocorreu há cerca de duas semanas por problemas da transportadora contratada. Nas demais unidades há milho para vendas em balcão. A Conab não tem conhecimento de nova política de preços", acrescenta a nota.

Fonte: Diário do Nordeste

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