terça-feira, 15 de março de 2016

RESOLUÇÃO VAI OBRIGAR A CAGECE A ADOTAR SISTEMA DE MEDIÇÃO DIRETA


A falta de água e a baixa pressão no abastecimento estão entre as principais reclamações feitas à Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce) pelos usuários da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), segundo a Arce. Em janeiro e fevereiro deste ano, das 53 queixas recebidas, 28% foram relacionadas a estes problemas. Ainda assim, a Agência não tem o controle de informações como a duração e a frequência destas descontinuidades. Devido a isto, a Arce propôs uma resolução que obriga a Cagece a estabelecer medidores no sistema e repassar as informações à Agência e, consequentemente, aos consumidores. 

O modelo do texto da resolução proposto pela Arce ficará disponível para contribuição da população até o dia 28 deste mês. O coordenador de Saneamento Básico da Agência, Geraldo Basílio, explica que, ao entrar em vigor, a norma se aplicará aos 150 municípios em que a Cagece opera, regulados pela Arce. Fortaleza não está inclusa na lista que, engloba todos os demais municípios da Região Metropolitana. 

Com a resolução, que deverá entrar em vigor em 60 dias, a Cagece deverá ser obrigada a adotar um sistema de medição direta das condições de operação. Isto deverá materializar no sistema de água um mecanismo, que, de acordo com o coordenador, é realidade nos serviços prestados pela Companhia Energética do Ceará (Coelce), já que, segundo ele, hoje, em caso de interrupção no sistema da Coelce, o consumidor sabe exatamente a quantidade de horas que ficou sem energia e a frequência média da energia consumida. 

Geraldo ressalta que a ausência de informações cria lacunas para os consumidores e o estabelecimento da resolução deve reverter estas falhas. “Hoje temos conhecimento sobre a falta de água e a baixa pressão de duas formas: uma, através das reclamações e outra das medições em campo. No caso das reclamações é a 'palavra' do usuário contra aquilo que a Companhia atesta. É um conflito”, explicou.

Ainda segundo o coordenador, o estabelecimento desta obrigatoriedade não irá garantir à Arce o acesso a informações em tempo real. Mas, assegura que a Cagece será obrigada a enviar esta informações em forma de relatório mensalmente.


Em nota, a Cagece informou que aguarda a publicação da resolução, para que só então possa se manifestar sobre os procedimentos que serão adotados. 

Fonte:Diário do Nordeste

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