Docentes da Universidade Estadual do Ceará (Uece) recusaram encerrar a greve em uma assembleia realizada na tarde desta quinta-feira, dia 2. Na votação dos 284 professores presentes, 235 votaram pela manutenção da paralisação, rejeitando a proposta apresentada pelo Governo do Estado.
A proposta foi apresentada pelo executivo estadual na última terça-feira, dia 30 de abril. Diante da recusa de 82,74% categoria em aderir à proposta, os docentes seguem com as reivindicações ao Governo.
O professor Nilson Cardoso, presidente do Sinduece, afirmou que a proposta apresentada pelo governo não foi unilateral, mas construída pelos três sindicatos da categoria.
Segundo Nilson, a categoria rejeitou paralisar a greve por não “enxergar um ganho imediato ou mesmo um plano de recomposição das perdas salariais”.
O docente ainda diz que a negociação foi até onde conseguiu tirar benefícios, entretanto lembra que os docentes querem uma reposição imediata.
Na proposta do Governo está a aprovação do Projeto de Lei, que trata das ascensões, ampliação em 25% do quadro de cargos e ampliação da carreira, trazendo a classe Titular acessível por promoção, a partir de 2026.
Entre as reivindicações financeiras, além dos 10% de ganho para plano de cargos e carreiras com a integração do Titular, haverá concessão de abono, com pagamento único no mês de dezembro/2024, alcançando efetivos, aposentados e professores com vínculo temporário.
A categoria diz que tem perdas salariais de 37,5%, portanto a proposta seria inviável para receber um aceite, alegando também a ausência de um cronograma de recomposição salarial. A assembleia definiu a construção de um contraproposta que deve ser apresentada ao Governo do Estado.
Início da greve
A greve dos docentes da Universidade começou no dia 4 de abril, sendo aprovada em assembleia convocada pelo Sinduece no dia 27 de março.
Fonte: O Povo
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