sexta-feira, 3 de junho de 2022

Parambu é o Município do Ceará onde menos choveu na quadra invernosa

 

A quadra chuvosa chegou ao fim com balanço positivo para o Ceará, cujo índice pluviométrico ficou acima da média histórica. Contudo, nem todos os municípios gozaram igualmente de boas precipitações e acumulam, nestes cinco meses iniciais do ano, chuvas bem aquém da média anual.

Parambu encabeça a lista, tendo, até agora, o pior acumulado dentre todas as cidades do Ceará. Este tende a ser o segundo ano consecutivo que o Município terminará com o menor volume pluviométrico acumulado do Estado.

Em 153 dias, choveu o acumulado médio de apenas 397,3 mm, quase 50% inferior à média histórica, que é de 695,5 milímetros. Esta é a única cidade cearense, até agora, com acumulado inferior a 400 mm. Em 2021, Parambu fechou o ano com somente 226,5 mm, o que representa 67% abaixo da média histórica.

A reportagem tentou contato, ao longo de duas semanas, com Wandemberg Gomes Costa, secretário de Agricultura de Parambu, por ser a cidade que apresenta pior cenário há dois anos consecutivos, no entanto, o titular não respondeu as mensagens, nem atendeu ou retornou as ligações.

O Diário do Nordeste questionou quais os impactos causados diante do segundo ano consecutivo com chuvas abaixo da média e se a cidade corre risco de desabastecimento.

Monsenhor Tabosa tem o segundo pior acumulado, com 430,2 mm. Esta é a primeira vez, em quase três décadas, que o Município figura entre os piores índices acumulados. Desde 1993 a cidade manteve-se fora da lista dos dez menores volumes de chuva.Parambu: choveu, até agora, 397,3 mm, o que representa 42,9% abaixo da média anual histórica, que é de 695,5 mm
Monsenhor Tabosa: choveu, até agora, 430,2 mm, o que representa 37,7% abaixo da média anual histórica, que é de 690,1 mm
Antonina do Norte: choveu, até agora, 444,2 mm, o que representa 29,6% abaixo da média anual histórica, que é de 630,9 mm
Croatá: choveu, até agora, 455,2 mm, o que representa 47,7% abaixo da média anual histórica, que é de 870,5 mm
Irauçuba: choveu, até agora, 464,7 mm, o que representa 9,6% abaixo da média anual histórica, que é de 514,3 mm

Antonina do Norte aparece logo atrás, com chuvas acumuladas de 444,2 mm, o que representa quase 30% inferior a média histórica anual. As três cidades com piores volumes de chuva são todas da região do Sertão Central e Inhamuns. Esta é a localidade, dentre as oito macrorregiões do Estado, com o menor índice pluviométrico.

Conforme dados da Funceme, a média anual de chuvas para a região é de 676,2 milímetros, o menor índice do Estado e a única a ter média abaixo dos 700 mm. A macrorregião que ostenta a maior normal climatológica é o Litoral de Fortaleza, com 1.083,8 milímetros.

Fecham a lista os municípios de Croatá e Irauçuba, com 455,2 mm e 464,7milímetros, respectivamente.
 
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Das cinco cidades com menor volume acumulado neste ano, apenas Antonina do Norte e Croatá não estão com decreto de emergência vigente. Todas as demais, além de outros 24 municípios, estão com decreto por decorrência de seca ou estiagem.

Conforme a Defesa Civil do Estado, a decretação de situação anormal tem o objetivo de estabelecer uma situação jurídica especial a fim de facilitar a gestão administrativa pública para a execução das ações de socorro e assistência humanitária à população afetada, restabelecimento de serviços essenciais e recuperação de áreas atingidas por desastre.

Essa situação jurídica especial permite que seja "dispensada a licitação para as contratações que visem à aquisição dos bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 dias".

Araripe
Arneiroz
Beberibe
Boa Viagem
Campos Sales
Choró
Crateús
Deputado Irapuan Pinheiro
Independência
Irauçuba
Itapagé
Itatira
Jaguaretama
Jaguaribara
Madalena
Monsenhor Tabosa
Ocara
Parambu
Pedra Branca
Potiretama
Quiterianópolis
Quixadá
Quixeramobim
Salitre
Solonópole
Tauá

Fonte: Diário do Nordeste 

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