quinta-feira, 16 de junho de 2022

Conselho de Administração da Petrobras dá sinal verde para aumento de combustíveis

 

Em reunião extraordinária nesta quinta-feira (16), o Conselho de Administração da Petrobras deu sinal verde para o aumento de combustíveis. Agora, a empresa vai avaliar o tamanho do aumento e a data para o anúncio.

A reunião foi convocada pelo presidente do Conselho de Administração da estatal, Márcio Weber. Durante a reunião, os conselheiros ligados ao governo tentaram convencer a empresa a segurar o aumento.

Só que a diretoria relatou o teor das conversas realizadas com o governo nos últimos dias, quando a equipe do presidente Jair Bolsonaro não aceitou conceder um subsídio para a estatal e para importadores privados trazerem o diesel mais caro no exterior e vendê-lo no Brasil com um valor mais baixo.

Segundo a diretoria disse ao conselho, a única forma de evitar o aumento seria a concessão do subsídio, o que não foi autorizado pelo governo.

Sendo assim, o comando da estatal disse que, se segurasse o aumento, teria de importar diesel mais caro e causar prejuízo para a estatal, gerando risco de falta do produto ou ações contra a empresa na Justiça.

Em dado momento, a diretoria perguntou se o conselho iria autorizar essa operação que poderia gerar ações contra a diretoria e contra os próprios conselheiros. Diante da resposta negativa, um integrante da reunião disse que foi "restituído à diretoria o poder de decidir se dará ou não o aumento".

Aumento deve sair nos próximos dias

O reajuste pode ser anunciado inclusive nesta sexta-feira (17), mas dependerá de últimas avaliações da diretoria.

O aumento deve ser só para o diesel e deve superar 10%. Segundo membros da diretoria, a defasagem entre os preços internacionais e o praticado pela Petrobras supera atualmente os 20% no caso do diesel. Já a defasagem no preço da gasolina caiu para cerca de 5%, depois de medidas adotadas pelos Estados Unidos.

O presidente Jair Bolsonaro tem pressionado a estatal a segurar o aumento de preços por causa do desgaste que está provocando em sua imagem, dificultando sua reeleição.

Fonte: G1

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