segunda-feira, 22 de setembro de 2014

TAUAENSE É DESTACADA PELO JORNAL O POVO



Ela guarda na memória detalhes de uma história de batalha pelos seus e pelos outros. Dona Dolores Feitosachega nesta segunda-feira, 22, aos 90 anos carregandoexperiências e histórias de transformação do Ceará. Ao lado do esposo, Joaquim de Castro Feitosa, falecido em 2003, lutou pelo meio ambiente de Fortaleza, pela proteção da caatinga, contra a ditadura militar, pela história do Sertão dos Inhamuns. Com a viuvez, encabeçou a batalha e protagoniza a defesa do Museu Regional dos Inhamuns. Tem fôlego e vontade de muito mais. Dona Dolores é a entrevistada desta segunda dasPáginas Azuis do O POVO.

Defensora do parque Adahil Barreto nos anos 1970, quando o espaço foi ameaçado pela construção da sede do Banco do Nordeste, dona Dolores vê que hoje ainda faltam ações de proteção permanente das áreas verdes da cidade. “É uma questão política. Quando há a primeira ideia, a construção ou inauguração, são fogos, música, a maior ‘coisa’ do mundo. As promessas nem se fala! Mas isso não é acompanhado, eu acho, por um programa de manutenção. Isso é o que dá a sustentabilidade: a manutenção. Outra coisa é a educação. Essa educação deveria começar na escola. Nos lugares críticos em produção, em água, o respeito aos recursos naturais deveria ser incluído no currículo. Isso eu já cansei de falar”, comenta.

Nos anos 1960, lutou, com outras mães, contra a ditadura militar. Foi às ruas para pedir a volta da democracia. Passou talco no cabelo para, com o branqueamento, ganhar mais moral diante dos militares. “Acho que ninguém pode dominar ninguém. A gente tem que se respeitar”, ensina. Ri ao lembrar que o marido não estava em Fortaleza na época da organização da passeata. Porque Feitosa era contra a ditadura, mas não tinha toda a gana de luta da esposa. Ela e outra senhora foram, na época, dialogar com o então governador Plácido Aderaldo Castelo para garantir a realização do ato. Assinaram um documento se responsabilizando pelo bom comportamento do protesto - que, depois souberam, reuniu mais de 20 mil pessoas nas ruas de Fortaleza. “Foi a coisa mais linda”, recorda-se.

Confira a entrevista completa: ENTREVISTA



Nenhum comentário:

Postar um comentário