Aí da sua conexão e do conforto dos milhares de bytes
transferidos, a gente quase nem lembra como muitas vezes era sofrido conseguir
algumas coisas. Imagina quanto tempo da vida foi economizado por conta da
tecnologia e mesmo assim você aí reclamando que o dia só tem 24 horas.
Antes da internet zuêra sem limites, do seu roteador e do seu
smartphone, já existia civilização, e ela funcionava muito bem, obrigado. Para
valorizar nossas facilidades, conheça atividades impensáveis sem internet no
mundo atual.
1. Pesquisas
escolares
Antes do Google e da Wikipedia, as pessoas de bem se utilizavam
de enciclopédias. Era muito comum comprar muitos livros dessas coleções que
tentavam falar de tudo um pouco, ou frequentar bibliotecas pra ler e pegar
emprestado. Só não podia esquecer de devolver, a mocinha da recepção ficava
muito brava.
Trabalhos
Escolares
Hoje em dia tem impressora wi-fi e impressora 3D (só falta fazer
um sanduíche). O pior é quando essas desgraçadas não funcionam, a galera já
quer enfiar o pé. Mas lá nos idos anos 90, os trabalhos escolares eram feitos
na máquina de escrever.
Ligações no
meio da rua
Celular? Imagina! Era orelhão mesmo. Comprar ficha, entrar na
fila, rezar pra mocinha da frente não estar rezando 50 mil ave marias num
disque pecado e ainda tirar a sorte grande de alguém atender a sua ligação lá
no número de destino. Emergências? Isso era para os fracos. Depois
surgiram os bipes. Mas só gente rica e importante tinha. #chateado.
Músicas
Antes dos serviços de streaming, downloads e iPod, aliás, antes
mesmo dos CD’s, se a gente quisesse a música sensação do momento tinha que
ficar ligando na rádio para pedir a música, depois esperar o programa inteiro
pra gravar o hit. E quando a fita acabava antes da música?
Brincadeira
do elástico
Lá nos anos 90, uma brincadeira que virou febre no país inteiro:
pular elástico. Sim, era divertido ficar se embolando num elástico esticado. O
mais sensacional é que ele não tinha manual de instruções mas existiam vários
movimentos predeterminados na brincadeira. Não pergunte como essas informações
chegavam a todos os cantos do país. Elas simplesmente chegavam.
Assistir a
alguma coisa legal em casa
Como não existia Netflix e nem internet, as locadoras de filmes
eram muito comuns. E antes do DVD era o VHS, com uma qualidade maravil… deixa
pra lá. O importante era lembrar de rebobinar (voltar a fita pro início) antes
da devolução, ou a multa comia seu precioso dinheirinho.
Paquerar
Era muito difícil. MEU SANTO JESUS CRISTO. Você tinha que abusar
da sua rede de contatos. Saber pelas amiguinhas ou amiguinhos se fulana tava a
fim de você, e mesmo assim podia não dar MATCH! Tinder e outros
aplicativos facilitando a vida e a gente se achando o fodão do cutuque.
Saber a hora
certa
Hoje em dia, pra acertar o relógio todo mundo recorre ao
celular, que ajusta a hora automaticamente. Mas sabia que existe um serviço que
era muito utilizado e existe até hoje? Basta discar 130 e você ouve a hora
certa no telefone. Testa aí!
Pornografia
Qualquer pedaço de pele ou insinuação era uma carga de tesão.
Playboy? Era o auge da safadeza antes da segunda metade dos anos 90 aqui no
Brasil. Quando um amiguinho no colégio chegava de manhã e espalhava pra turma:
roubei a playboy que meu pai comprou. Já era a hora do lanche. Um formigueiro
de pirralhos olhando atentamente cada foto.
Comprar
passagem aérea
Doce vida essa de procurar o melhor preço em todos os sites das
cias aéreas, de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora. No passado longínquo
era necessário se deslocar pra uma agência de viagens, pegar fila, confiar no
atendente e pagar preços astronômicos em qualquer trecho.
Saber das
tendências de moda
Sabe esse tanto de it-blogueira que você segue? Isso não
existia. Aliás, as tendências não chegavam aqui tão facilmente. As revistas de
moda eram as melhores amigas de quem buscava informação. Hoje em dia com tanta
variedade e tantas formas de se manter na moda, mas você aí, combinando cinto e
sapato caramelo.
Aprender
receitas bacanas
Ou você acordava cedo pra assistir aos programas matinais,
quando as apresentadores realmente cozinhavam e não conversavam com fantoches,
ou comprava livros de receitas e guardava as melhores no caderno de receitas da
vovó.
Piadas
O mundo virou uma fábrica em série de memes e vídeos engraçados.
Sem internet, boa parte da população se contentava com um livro do Ari
Toledo. “Sabe o que aconteceu com o policial que se olhou no espelho? O
polícial civil”. TOLEDO, Ari – Página 8.
Horário do
cinema
Os filmes da gringa chegavam alguns (muitos) meses da sua
estreia. Todo mundo tinha um cinema preferido e passava no lugar pra conferir
os horários da semana ou então, nos cinemas mais modernosos, tinham um número
de telefone e você perguntava quais horários e filmes estavam em cartaz. E
claro, o bom e velho jornal de domingo; #quesaudade.
Saber da
vida de alguém
Ninguém tinha Facebook, Orkut, Instagram, Secret, nem nada
parecido. Mas a casa da família brasileira tinha uma coisa muito importante: a
lista telefônica. Nela a gente conseguia o número de telefone da pessoa e o seu
endereço.
Reservar
Hotel
As agências de viagem faziam esse trabalho pra você, mas caso já
tivesse a indicação de algum hotel bacana no seu destino, era preciso ligar e
fazer a reserva, depositar uma certa quantia e esperar que tudo saísse bem.
Pagar contas
no banco
Pagar as contas fica cada vez mais fácil e rápido. Os bancos têm
aplicativos e agora até código de barras são lidos nos smartphones. Já pensou
antes da internet e dos caixas eletrônicos? Ir até uma agência, enfrentar muita
fila e pagar todas as contas na boca do caixa. E vai tempo gasto nessa vida.
Ver e
compartilhar fotos
Em tempos de Instagram, tirar mil fotos, escolher a melhor,
aplicar um filtro, marcar as pessoas e postar, pode parecer uma caminho longo.
Antigamente, com as máquinas fotográficas analógicas, era torcer pra tirar
fotos boas, utilizando filmes fotográficos com número limitado de fotografias,
levar pra revelação e muitas vezes receber o envelope com as fotos mais toscas
do universo. Aí vinha a melhor parte, depois as pessoas marcavam uma
reuniãozinha de amigos ou parentes em casa pra exibir o álbum.
Caminhos/Mapas
Os mapas eram de papel, os caminhos da nossa cidade eram decorados
na memória e alguma noção dos pontos cardeais eram quase necessários. Enquanto
hoje se perder é falta de vergonha na cara, ou de sinal, antes era desculpa
para puxar assunto com a(o) gatinha(o) na rua.
Desaparecer
por algumas horas
Pelo direito de querer ficar sozinho. Desaparecer por
algumas horas sem deixar ninguém preocupado era muito fácil. Não tinha celular,
whatsapp e nem aplicativo pra “stalkear” a vida alheia. Para qualquer vontade
de curtir a solitude, bastava sair de casa sem rumo ou ficar em casa e não
atender o telefone fixo.
Antes de falar que ontem era melhor que hoje,
pense em tudo isso. Mas o incrível é que mesmo com toda essa facilidade, cada
vez mais conectados, ainda assim estamos cada vez mais sozinhos.
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