A partir
de terça-feira, o cearense se deparará com aumento da gasolina entre R$ 0,08 a
R$ 0,10, conforme O POVO apurou. O combustível consta entre os itens que o
Governo do Estado sancionou aumento do Imposto sobre Circulação Mercadoria de
Serviços (ICMS), que vigora em março, passando de 25% para 28%.
Segundo
dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o
preço médio do litro da gasolina nos postos do Ceará está em R$ 3,906. O valor
mínimo está em Sobral (R$ 3,78) e o máximo em Limoeiro do Norte (R$ 4,049). Em
Fortaleza, o preço médio está em R$ 3,858, o mínimo R$ 3,83 e o máximo R$ 3,89.
Nas distribuidoras, o valor médio do litro está em R$ 3,334, o mínimo em R$
3,222 (em Sobral) e o máximo em R$ 3,368 (em Limoeiro do Norte).
Luiz
Antônio Viana, dono de posto da bandeira Ipiranga, sinaliza que o aumento do
ICMS da gasolina é repassado ao posto e este ao consumidor. “O aumento depende
da decisão de cada posto, mas vai ficar em torno de 2% a 3%, cerca de R$0,08 a
R$ 0,10”, diz.
Desabastecimento
O Estado ainda conta com atrasos no abastecimento dos postos de gasolina,
que chegam a ficar sem combustível por até três dias. Viana diz que, no seu
caso, o problema deriva da Ipiranga. “Abriram mais postos do que suportam. No
Interior é mais sério. Dão mais atenção à Capital”, diz.
Viana
ainda se queixa de que a Ipiranga aumentou o preço da gasolina antes do aumento
do ICMS e, depois de reclamações dos revendedores, voltou atrás. “O Governo
aumenta o preço da gasolina, como aumentou 6%, e eles (Ipiranga) já aumentaram
16%. A Ipiranga justifica que são aumentos de custo, mas o mercado não está
suportando”.
Ele
acrescenta que é dono de posto com a bandeira Petrobras e que, mesmo a gasolina
da marca sendo mais cara, afirma que o litro importado da Ipiranga chega a ser
entre R$ 0,05 a R$ 0,10 mais caro. Porém, a estratégia da bandeira não é
considerada ilegal, pois ela é livre para definir seu preço, contesta fonte
ouvida pelo O POVO que não quis se identificar.
Giovani
Montezuma tem três postos Ipiranga e diz que atrasos nos abastecimentos foram
regularizados e que a marca justifica os aumentos afirmando que são reajustes
da Petrobras.
Segundo O POVO apurou, um dos motivo para que
haja atrasos é a pequena capacidade de armazenamento de combustível do parque
de tancagem do Mucuripe. Há postos do Interior que recebem gasolina vinda dos
portos de Natal (RN), Cabedelo (PB) e Suape (PE). Em nota ao O POVO, a Ipiranga
afirma que o volume importado pela empresa “é pouco relevante no total
comercializado” e nega qualquer ilegalidade no processo.
Fonte:O Povo
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