quarta-feira, 25 de novembro de 2015

TAUÁ E PARAMBU EM SITUAÇÃO DE RISCO DE SURTO DE DENGUE


O Ceará tem oito municípios em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika. É o que aponta o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), divulgado, ontem, pelo Ministério da Saúde. São eles: Baturité, Canindé, Coreaú, Ipaumirim, Massapê, Parambu, Tauá e Viçosa do Ceará. Significa que mais de 4% das casas visitadas nestas cidades apresentaram larvas do mosquito. Já os municípios em situação de alerta somaram nove: Caucaia, Cedro, Guaiúba, Horizonte, Itapipoca, Maranguape, Pacatuba, Pires Ferreira e São Benedito. Outros 18 apresentaram índices satisfatórios, entre eles Fortaleza, com índice de 0,9.

O Ministério considera em situação de alerta os municípios que apresentaram Índice de Infestação Predial (IIP) de 1% a 3,9% e satisfatório índices menores que 1%. Realizado em outubro e novembro, o LIRAa teve adesão recorde para este período do ano, com 1.792 cidades participantes - aumento de 22% se comparado ao mesmo período do ano passado.

A Pasta diz que a pesquisa é um instrumento fundamental para o controle do Aedes aegypti, uma vez que, com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas.

Em todo o País, 199 municípios apresentaram situação de risco para dengue, 665 em alerta e 928 satisfatória. Ao todo, dez capitais estão em situação satisfatória, entre elas Fortaleza. Só Rio Branco está em situação de risco. Na Região Nordeste, armazenamento de água foi o depósito predominante, encontrado em 82,5% dos domicílios. Seguido de depósito domiciliar (15,4%) e lixo (2,1%).

Dengue
Os casos de dengue triplicaram no Ceará. De acordo com o Ministério da Saúde, foram 63.282 casos até o último dia 14, enquanto em igual período do ano passado haviam sido 21.136 - aumento de 199,4%. A incidência por 100 mil habitantes saltou de 239,0 para 715,6.

Já a chikungunya teve 67 municípios com transmissão autóctone e 17.131 casos notificados, sendo 6.724 confirmados e 8.926 em investigação. No Ceará, os casos registrados da doença foram importados. Ao todo, 18 estados tiveram casos confirmados de zika.

A supervisora do Núcleo de Controle de Vetores (Nuvet) da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Roberta de Paula Oliveira, salienta que este é um período de preparação e planejamento para o período chuvoso. Dessa forma, estão sendo feitas capacitações dos profissionais de saúde e visitas técnicas às regionais de saúde com intuito de orientar sobre os cuidados que se deve ter para prevenir focos de reprodução do mosquito.


Ela ressalta, contudo, que a população é a maior aliada, uma vez que mais de 70% dos focos do mosquito estão dentro das casas das pessoas, e o sistema não tem como visitar todas em tempo hábil para evitar que o mosquito se reproduza, o que leva dez dias.

Fonte:Diário do Nordeste

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