O Ceará
tem oito municípios em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e
zika. É o que aponta o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti
(LIRAa), divulgado, ontem, pelo Ministério da Saúde. São eles: Baturité,
Canindé, Coreaú, Ipaumirim, Massapê, Parambu, Tauá e Viçosa do Ceará. Significa
que mais de 4% das casas visitadas nestas cidades apresentaram larvas do
mosquito. Já os municípios em situação de alerta somaram nove: Caucaia, Cedro,
Guaiúba, Horizonte, Itapipoca, Maranguape, Pacatuba, Pires Ferreira e São
Benedito. Outros 18 apresentaram índices satisfatórios, entre eles Fortaleza, com
índice de 0,9.
O
Ministério considera em situação de alerta os municípios que apresentaram
Índice de Infestação Predial (IIP) de 1% a 3,9% e satisfatório índices menores
que 1%. Realizado em outubro e novembro, o LIRAa teve adesão recorde para este
período do ano, com 1.792 cidades participantes - aumento de 22% se comparado
ao mesmo período do ano passado.
A Pasta
diz que a pesquisa é um instrumento fundamental para o controle do Aedes
aegypti, uma vez que, com base nas informações coletadas, o gestor pode
identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do
mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas.
Em todo o
País, 199 municípios apresentaram situação de risco para dengue, 665 em alerta
e 928 satisfatória. Ao todo, dez capitais estão em situação satisfatória, entre
elas Fortaleza. Só Rio Branco está em situação de risco. Na Região Nordeste,
armazenamento de água foi o depósito predominante, encontrado em 82,5% dos
domicílios. Seguido de depósito domiciliar (15,4%) e lixo (2,1%).
Dengue
Os casos
de dengue triplicaram no Ceará. De acordo com o Ministério da Saúde, foram
63.282 casos até o último dia 14, enquanto em igual período do ano passado
haviam sido 21.136 - aumento de 199,4%. A incidência por 100 mil habitantes
saltou de 239,0 para 715,6.
Já a
chikungunya teve 67 municípios com transmissão autóctone e 17.131 casos
notificados, sendo 6.724 confirmados e 8.926 em investigação. No Ceará, os
casos registrados da doença foram importados. Ao todo, 18 estados tiveram casos
confirmados de zika.
A
supervisora do Núcleo de Controle de Vetores (Nuvet) da Secretaria da Saúde do
Estado (Sesa), Roberta de Paula Oliveira, salienta que este é um período de
preparação e planejamento para o período chuvoso. Dessa forma, estão sendo
feitas capacitações dos profissionais de saúde e visitas técnicas às regionais
de saúde com intuito de orientar sobre os cuidados que se deve ter para
prevenir focos de reprodução do mosquito.
Ela
ressalta, contudo, que a população é a maior aliada, uma vez que mais de 70%
dos focos do mosquito estão dentro das casas das pessoas, e o sistema não tem
como visitar todas em tempo hábil para evitar que o mosquito se reproduza, o
que leva dez dias.
Fonte:Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário